quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Demandas do aumento populacional em Cambé


Cambé - Com orçamento anual de R$ 225 milhões e mais de cinquenta bairros e conjuntos habitacionais, Cambé já começa a sentir os efeitos do aumento populacional. O presidente da Federação da Associação de Moradores de Cambé (FASMOC), Cleber Costa, afirma que o surgimento de novos conjuntos tem gerado problemas relacionados à mobilidade urbana que comprometem o acesso a serviços de saúde e educação. "Os bairros têm saído cada vez mais longe da área central e ficamos sem estrutura na saúde e educação. Agora parece que os novos conjuntos que estão sendo erguidos vão contar com creches e postos de saúde, mas os que foram entregues mais recentemente não têm essas estruturas", afirma. "Estamos brigando para levar o transporte até essas áreas, é uma demanda enorme", acrescenta.

Entre os novos empreendimentos habitacionais previstos há conjuntos financiados pelo Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, com mais de 1.600 casas e apartamentos, segundo Costa. A expansão atinge especialmente as regiões do Ana Rosa, às margens da PR-445, e do Cambé 5, na saída para Rolândia. Santo Amaro e Novo Bandeirantes, também próximos à PR-445, são outros bairros populosos da cidade.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Cambé (Acic), Junior Cesar dos Santos, afirma que a cidade está preparada absorver a crescente demanda populacional. "Temos ainda vários terrenos disponíveis para instalação de novas indústrias. O fato da cidade estar localizada entre duas rodovias importantes como a PR-445 e a BR-369, a proximidade com Londrina e a mão de obra qualificada por conta das universidades instaladas na nossa região fazem com que Cambé tenha um diferencial de logística e infraestrutura", aponta.

Moradora no Jardim Panorâmico, a professora da rede municipal de ensino Cristiane Nogarini vê de forma positiva o fato de Cambé ter passado dos 100 mil habitantes. "A cidade se desenvolve mais, é bom para a indústria, o comércio", opina, acrescentando sentir falta de mais hospitais no município. A comerciante Maria Zélia Miranda tem um trailer de sanduíches no calçadão e diz ter percebido que a violência aumentou na área central. Ela pede mais espaços de lazer na cidade.
(D.P.)




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