segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Crianças negras ainda são preteridas em adoção, diz psicólogo

Marcello Casal Jr/ABr
Advogada Mirian Veloso e a filha Camille, de 7 anos


Três anos após a criação do Cadastro Nacional de Adoção, as crianças negras ainda são preteridas por famílias que desejam adotar um filho. A adoção inter-racial continua sendo um tabu: das 26 mil famílias que aguardam na fila da adoção, mais de um terço aceita apenas crianças brancas. Enquanto isso, as crianças negras (pretas e pardas) são mais da metade das que estão aptas para serem adotadas e aguardam por uma família.
 
Apesar das campanhas promovidas por entidades e governos sobre a necessidade de se ampliar o perfil da criança procurada, o supervisor da 1ª Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal, o psicólogo Walter Gomes, diz que houve pouco avanço. “O que verificamos no dia a dia é que as família continuam apresentando enorme resistência [à adoção de crianças negras]. A questão da cor ainda continua sendo um obstáculo de difícil desconstrução.”
 
Hoje no Distrito Federal há 51 crianças negras habilitadas para adoção, todas com mais de 5 anos. Entre as 410 famílias que aguardam na fila, apenas 17 admitem uma criança com esse perfil. Permanece o padrão que busca recém-nascidos de cor branca e sem irmãos. Segundo Gomes, o principal argumento das famílias para rejeitar a adoção de negros é a possibilidade de que eles venham a sofrer preconceito pela diferença da cor da pele.
 
“Mas esse argumento é de natureza projetiva, ou seja, são famílias que já carregam o preconceito, e esse é um argumento que não se mantém diante de uma análise bem objetiva”, defende Gomes. O tempo de espera na fila da adoção por uma criança com o perfil “clássico” é em média de oito anos. Se os pretendentes aceitaram crianças negras, com irmãos e mais velhas, o prazo pode cair para três meses, informa.
 
Sem problema
 
Há cinco anos, a advogada Mirian Andrade Veloso se tornou mãe de Camille, uma menina negra que hoje está com 7 anos. Mirian, que tem 38 anos, cabelos loiros e olhos claros, conta que na rotina das duas a cor da pele é apenas um “detalhe”. Lembra-se apenas de um episódio em que a menina foi questionada por uma pessoa se era mesmo filha de Mirian, em função da diferença física entre as duas.
 
“Isso [o medo do preconceito] é um problema de quem ainda não adotou e tem essa visão. Não existe problema real nessa questão, o problema está no pré-conceito daquela situação que a gente não viveu. Essas experiências podem existir, mas são muito pouco perto do bônus”, afirma a advogada.
 
Hoje, Mirian e o marido têm a guarda de outra menina de 13 anos, irmã de Camille, e desistiram da ideia de terem filhos biológicos. “É uma pena as pessoas colocarem restrições para adotar uma criança porque quem fica esperando para escolher está perdendo, deixando de ser feliz.”
 
Para Walter Gomes, é necessário um trabalho de sensibilização das famílias para que aumente o número de adoções inter-raciais. “O racismo, no nosso dia a dia, é verificado nos comportamentos, nas atitudes.", diz ele.
 
"No contexto da adoção não tem como você lutar para que esse preconceito seja dissolvido, se não for por meio da afirmatividade afetiva. No universo do amor, não existe diferença, não existe cor. O amor, quando existe de verdade nas relações, acaba por erradicar tudo que é contrário à cidadania”, ressalta.

fonte: http://www.londrix.com.br/noticias.php?id=80942
 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Tomam posse os novos conselheiros da criança e do adolescente

Tomam posse os novos conselheiros da criança e do adolescente

Os novos membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) tomaram posse em solenidade realizada no gabinete do prefeito João Pavinato. São dez representantes da sociedade civil eleitos durante a Conferência Municipal realizada no dia 29 de setembro, e dez representantes de organizações governamentares. A presidência do CMDCA é ocupada por Regina Bosqui Begnini.
 
A gestão dos conselheiros empossados é de dois anos. “O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente tem a função de órgão fiscalizador e de defesa dos direitos da criança e do adolescente”, informa a presidente.
 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Reta final da pavimentação e infra-estrutura das 315 casas do Res. Casaroto

A construção das casas já estão prontas só faltam detales

A rede de esgoto em fase final

O asfalto CBOQ, uma tecnologia muito boa, e que está sendo feito nas ruas do Res. Casaroto

Asfalto CBOQ - nova tecnologia em asfalto



Cleber da Costa - Vice Presidente da Associação de Moradores do Res. Casaroto